fazem-nos enxergar tudo invertido. e sentir. na noite em que pegou fogo em nosso Mercado Público, tudo está estranho. tudo está estranho já há algum tempo, e me pergunto o por que de tudo estar cada vez mais assim. consequentemente, me questiono sobre o orixá Obaluae, um dos regentes do ano, conhecido como caboclo do fogo.
o fogo é destruição. para que haja transformação é preciso que haja destruição. é preciso que algo morra, para renascer.
é preciso que as pessoas entendam o que é amor. amor não tem nada a ver com a necessidade pela disponibilidade do outro. o nome disso é dependência emocional.
muitas vezes se não te deixo doente, é por que te amo.
e não o contrário.
e agora já não sei eu qual é o meu limite, se este que conheço é ou não é o mais adequado pra mim. me perco.
desconfio apenas, de que preciso da paz de fazer as coisas com amor. todas as coisas. mas como saber onde está o equilíbrio? como eu posso saber se o meu ponto não é exagerado? quem sou eu para julgar?
quantas questões cabem no meu dia. dias estranhos. o que acontecerá? estávamos preparados para a era de aquário?
não.
destilar picuínhas em pequenas doses também não é algo que eu mesma faça quando estou sem controle? como medir essa quantia? como decidir qual é quantia aceitável dentro de um relacionamento, seja qual for?
hoje mesmo pela manhã a melancolia já estava no ar.
eu a pude sentir.
que coisa.